sábado, 3 de marzo de 2018

La Foto del Recuerdo

GM Henrique Costa Mecking
Nascido em 23 de janeiro de 1952, em Santa Cruz do Sul (RS), Mequinho aprendeu a mover as peças com sua mãe, Maria José Costa Mecking, quando tinha apenas cinco anos, e tornou-se o mais jovem Mestre Internacional da história, aos 15 anos - evidentemente, hoje este recorde já foi superado. O título de GM veio aos 20 anos, sendo o primeiro brasileiro a se tornar Grande Mestre de Xadrez.

Diziam que ele seria o novo Fischer, um jovem prodígio capaz de afrontar a hegemonia russa. Venceu dois Torneios Interzonais, que classificava para o Torneio de Candidatos, em Petrópolis-1973 (RJ) e Manila-1976 (Filipinas), à frente de nomes já consagrados como Boris Spassky, Vassily Smyslov, Paul Keres, Efim Geller, Lajos Portisch, Lev Polugaevsky e David Bronstein. Talvez por isso, os russos sempre o criticaram, como uma forma de afetá-lo psicologicamente. Antes de seu match em Augusta (1974), contra Viktor Korchnoi – que, naquela época, ainda pertencia à URSS -, alguns jogadores soviéticos deram entrevistas criticando bastante seu jogo, como Petrosian e Tahl.

E, então, assim como Fischer, de repente ele desapareceu, sucumbindo a uma doença misteriosa chamada miastenia gravis – que compromete o sistema nervoso e os músculos. Parecia o fim, sua doença era incurável e ele se retirou dos tabuleiros para lutar pela vida. Mesmo desenganado pelos médicos, ressurgiu  atribuindo sua cura à fé, o que o levou a converter-se à religião Católica. Nos 12 anos seguintes, deixou o jogo de xadrez de lado, formou-se em Teologia e Filosofia Católica e praticou sua fé fervorosamente.

Quando todos pensaram que sua carreira de enxadrista já havia sido extirpada de sua vida,  eis que, em uma jogada surpreendente, anunciou seu retorno. Disputou matches contra os mais fortes brasileiros da atualidade, como o GM Giovanni Vescovi e o GM Alexandre Fier, e jogou diversos outros torneios. Teve uma volta difícil, como era de se esperar de qualquer esportista após mais de 10 anos de inatividade, mas, vez ou outra, demonstra resquícios daquele jogador que foi em seu auge.

Depois de sua volta, em 1991, já representou o Brasil em duas Olimpíadas (2002 e 2004), venceu o 2º Festival de Lodi, na Itália (2006), foi campeão brasileiro de blitz pela internet (2008) e disputou o popular Torneio Corus, na Holanda (2009), além de outras competições internacionais na Romênia e na Argentina. Apesar disso, dificilmente disputa os mais fortes torneios que poderia, como a Olimpíada de Xadrez e o Campeonato Brasileiro (do qual detém apenas 2 títulos, conquistados nas duas únicas vezes em que o disputou; o recordista brasileiro, por exemplo, possui 7 títulos).

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